“Contudo,
o Senhor ordena a sua bondade amorosa durante o dia, e de noite a sua canção
estará comigo, e minha oração ao Deus da minha vida.” (Salmo 42:8)
Canções
durante a noite! - Quem pode criá-las? A harmonia da meia-noite! - Quem pode
inspirá-la? Deus pode, e Deus o faz. O "Deus de toda consolação", o
"Deus que conforta aqueles que são lançados por terra"; o "Deus
da esperança", que faz com que a "brilhante estrela da manhã"
suba sobre a paisagem sombria; o "Deus da paz, que dá a paz, sempre e por
todos os meios"; Ele mesmo, o nosso Criador e Redentor, inspira canções
durante a noite.
A música,
que é doce em todos os momentos, é mais doce, em meio à sublimidade da noite.
Quando no silêncio solene que reina - nem
um respirar das folhas, e o próprio eco dorme - quando na escuridão que encobre, os
pensamentos que agitam, os fantasmas sombrios que esvoaçam como sombras
dançando sobre o muro, o ouvido é despertado com as notas suaves de
instrumentos habilmente tocados, misturando-se com os tons de vozes bem afinadas - é como se os anjos tivessem
vindo fazer uma serenata e acalmar os filhos tristes e cansados da terra. Mas
há músicas mais ricas, e há músicas mais doces ainda que a deles - as canções
que Deus nos dá, e a música que Jesus inspira, na longa noite escura da
peregrinação cristã. Um santo de Deus é, portanto, um homem feliz. Ele frequentemente
é achado mais assim quando os outros o consideram o mais miserável. Quando
eles, olhando com piedade as suas adversidades e suas cargas, e, silenciosamente,
marcam o conflito de seus pensamentos e sentimentos interiores - comparado com cada
provação externa isto é senão como uma bolha flutuando sobre a superfície –
consideram-no um objeto permanente de sua comiseração e simpatia, mesmo assim
há uma fonte oculta de alegria, uma corrente de paz fluindo abaixo da
superfície, encontrando-se nas profundezas da alma, que lhe faz, ainda que castigado
e humilhado, um homem feliz e invejável.
"Bem-aventurados
os que agora choram, porque eles serão consolados."
Texto
de autoria de Octavius Winslow, em domínio público, traduzido e adaptado pelo
Pr Silvio Dutra.
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