Não há
justiça verdadeira
sem
imparcialidade.
Então,
se alguém ousar julgar
os atos
de Deus,
especialmente
no Antigo Testamento,
deve ao
menos buscar ser imparcial,
e tudo
bem examinar,
para se
evitar
uma
conclusão leviana,
em seu
julgamento.
Primeiro
de tudo,
deve
ser ponderado
porque
sendo Deus de amor,
atribuiu
juízos capitais,
de pena
de morte,
para
pessoas, povos, nações,
que
andaram contrariamente
à Sua
vontade.
Muitos
pensam precipitadamente
que já
teríamos aí uma grande prova
de que
Deus não é amor
conforme
se afirma na Palavra.
Mas
examinemos,
com
vagar os fatos.
Na
verdade,
não foi
Deus
o autor
da morte,
mas o
pecado.
Ele
chegou a advertir
o
primeiro casal criado,
que
caso se afastassem dEle
pela desobediência,
e pela
obstinação de viverem
fazendo
a própria vontade,
isto
traria como consequência
a morte
para eles
e para
toda a humanidade.
Porque
esta morte seria
antes
de tudo, do espírito,
que sem
comunhão
com o
Seu Criador,
fica
impossibilitado
de
qualquer adoração,
conhecimento
do caráter divino,
e de
refletir tal caráter
em sua
própria personalidade,
especialmente
quanto aos atributos
de
longanimidade, misericórdia,
amor,
benignidade,
paz e
bondade.
Ninguém
foi criado para a morte,
mas
para ter a vida eterna.
Mas não
podemos ter esta vida
vivendo
com uma natureza
corrompida
pelo pecado,
a qual nos
impede
de sermos
santos
assim
como Deus é santo.
Então,
concluímos
que o
verdadeiro autor da morte
é o
pecado, porque impede
a vida
do espírito santificado,
que é
necessária,
para se
alcançar a eternidade.
Desta
forma,
quando
Deus estipulou
penas
de morte
para
determinados tipos
de
transgressões da Sua lei divina,
na
verdade,
estava
sendo misericordioso
para
com a humanidade,
ao lhe
dar o aviso de que
o viver
na iniquidade produz morte,
e morte
espiritual eterna.
Ora,
quem temeria a morte física
estipulada
na lei de Moisés,
se
vivesse de modo justo,
temente
e correto?
Ninguém
seria punido
praticando
o bem,
ou pelo
menos se esforçando
em tal
sentido.
E ainda
por cima,
a lei
não anulava
o
perdão da transgressão,
porque
prescrevia a absolvição
pelo
arrependimento.
Assim, ponderemos
com
toda a imparcialidade:
onde
estava a falta de amor?
Em Deus
ou no transgressor?
Há
muitas considerações
que
podem ser apresentadas
quanto
a este assunto,
não
para que Deus seja absolvido
da
falsa e terrível acusação
que
muitos costumam fazer
de modo
precipitado e errado.
Contudo,
consideramos,
que por
esta única
reflexão
apresentada,
o
assunto pode ser dado
por
encerrado,
porque
afinal,
é um
terreno muito perigoso
julgarmos
a Deus,
a
verdade, a Sua Palavra,
quando
importa que não Ele,
mas nós
que sejamos julgados,
como
efetivamente importa,
para que
o Senhor
possa
preservar
a vida
de amor na terra,
pela
extirpação e correção
de tudo
o que se opõe a ela.
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