“O amor do Senhor." (Oseias 3.1)
Cristão, olhe
para trás através de toda a
tua experiência, e pense na maneira pela
qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto, e como ele tem te alimentado e te
vestido todos os dias - como ele tem suportado os teus maus costumes - como ele
tem posto de lado todas as tuas murmurações, e todos os teus anseios pelas
panelas de carne do Egito - como ele abriu a rocha para te suprir, e te
alimentou com o maná que desceu do céu. Pense
em como sua graça tem sido suficiente para ti em todos os teus problemas - como
o seu sangue tem sido um perdão para ti em todos os teus pecados - como a sua
vara e o seu cajado têm te confortado. Então
quando tens olhado para trás quanto ao amor do Senhor, tenha fé quanto ao seu amor no futuro, para lembrar que a aliança
e o sangue de Cristo têm algo mais neles do que o passado.
Aquele que te amou e te perdoou, nunca deixará de amar e
perdoar. Ele é o Alfa, e ele é o
Omega também: ele é o primeiro, e ele é o último. Portanto, lembra-te, quando passares
pelo vale da sombra da morte, não precisas temer mal algum, porque ele é contigo. Quando atravessares as frias
correntezas do rio Jordão, não precisas temer, pois a morte não pode te separar
do seu amor, e quando chegares aos mistérios da eternidade não necessitas
tremer: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte; nem a vida, nem os
anjos, nem os principados, nem as potestades, nem as coisas do presente, nem do
porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura será capaz
de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor."
Agora, alma, não está o teu amor refrigerado? Isso não te faz amar Jesus? Porventura não faz o voo através das
planícies ilimitadas do éter do amor inflamar o teu coração e te compele a
deleitar-te no Senhor teu Deus? Certamente,
quando meditamos sobre "o amor do Senhor", nossos corações ardem
dentro de nós, e muito mais o amamos.
Texto de
autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.
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